Termo que oficializaria Nazal no comando da cidade não foi publicado no DO
Ao comparecer ontem à tarde ao Centro Administrativo da Conquista para assumir interinamente o governo municipal em função da viagem ao exterior, por dez dias, do prefeito Mário Alexandre, o primeiro ato do vice-prefeito José Nazal, foi determinar a publicação no Diário Oficial Eletrônico do Termo de Assunção Temporária do Cargo para garantir legalidade de todos os atos à frente da Prefeitura.
A ordem, no entanto, não foi obedecida pelos servidores da Secretaria Municipal de Administração, pasta responsável por todas as publicações no DO. Nazal tenta assumir oficialmente o governo, após o início de uma viagem de 10 dias do prefeito Mário Alexandre ao exterior. Mário não fez a transmissão de cargo, apesar da promessa feita ao próprio Nazal.
Fontes ligadas a Nazal atribuem a desobediência dos servidores à uma determinação expressa do secretário de Administração, Bento Lima, a quem o vice faz severas críticas de concentração de poder nos últimos anos. Bento estaria em Salvador, segundo informações repassadas por seus servidores. Ontem, Nazal também esteve na Procuradoria Jurídica da Prefeitura e também não localizou o procurador geral, Jefferson Domingues, para falar sobre a publicação. Apesar do ambiente enontrado, Nazal continua firme no propósito de assumir a gestão.
Hoje pela manhã ele esteve reunido com uma equipe jurídica para saber que medidas podem ser tomadas. A proposta é de que tudo seja feito de forma amigável, sem prejuízos para a gestão.
Ontem, na Câmara, o vereador Jerbson Moraes, do PSD, partido do prefeito, criticou a tentativa de posse do vice-prefeito. Mário pode se ausentar por dez dias, na opinião dele, sem que necessite transmitir o cargo para seu vice. "Isso seria se ele estivesse no Brasil. Ele está no exterior", rebate José Nazal.
A celeuma em torno da posse de José Nazal ocorreu em função do seu posicionamento em defesa os servidores demitidos pelo prefeito Mário Alexandre. Os dois estão rompidos. O grupo do prefeito teme que, ao oficializar Nazal no comando da cidade, ele opte por reintegrar estes servidores.
Por sinal, o retorno é uma determinação já feita pelo Tribunal de Justiça da Bahia e não cumprida pela administração que busca, em outras instâncias, manter as demissões. Por enquanto Nazal ainda não se posicionou a respeito de que decisão tomaria com a "caneta na mão".
Ao Jornal Bahia Online, apenas expressou o momento que vive."Estou bastante em paz, acredite", afirmou.